HISTÓRIA DA INTERVENÇÃO BREVE !!!

A Intervenção Breve (IB) para abordagem do uso de álcool e outras drogas tem conquistado espaço entre profissionais de diferentes formações, incluindo profissionais de saúde, da assistência social, da área de educação e agentes comunitários. Entretanto, a técnica ainda não é tão utilizada, devido à falta de capacitação desses profissionais, embora, como você verá adiante, o treinamento nessa técnica seja simples. Na verdade, você chegará à conclusão de que muitas vezes já realizou “intervenções breves”, de uma forma intuitiva, usando sua experiência profissional e sua experiência de vida. O que veremos agora são os princípios dessa técnica, como ela surgiu e como você pode utilizá-la na sua prática, não mais de modo intuitivo, mas de forma consciente e atenta a seus fundamentos.
Um pouco de história
A técnica de Intervenção Breve (IB) foi proposta como uma abordagem terapêutica para usuários de álcool, em 1972, por Sanchez-Craig e colaboradores, no Canadá simultaneamente, William Miller e outros pesquisadores  dos Estados Unidos  desenvolveram abordagens semelhantes, estimulados pelo estudo de Griffith Edwards na Inglaterra que demonstrou redução do consumo de álcool após uma única sessão de aconselhamento. A IB é uma estratégia de intervenção estruturada, focal e objetiva, com procedimentos técnicos, que permitem estudos sobre sua efetividade. Seu objetivo é ajudar no desenvolvimento da autonomia das pessoas, atribuindo-lhes a capacidade de assumir a iniciativa e a responsabilidade por suas escolhas. Originalmente, foi desenvolvida a partir da necessidade de uma atuação precoce junto a pessoas com histórico de uso prejudicial de álcool e/ou outras drogas, incentivando-as a parar ou reduzir o consumo das drogas. No entanto, ela pode ser utilizada em outros contextos e com outras populações, como em ambulatórios de diabéticos ou hipertensos. Um fator capaz de explicar o crescente interesse por essa forma de intervenção é seu resultado, e o fato de que tratamentos intensivos não são superiores aos de abordagens mais breves. Os custos de um tratamento devem ser justificados pelo
SAIBA QUE: A IB pode ser realizada por profissionais com diferentes tipos de formação, como: médicos, psicólogos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, nutricionistas, educadores, agentes comunitários e outros profissionais da saúde e da assistência social.

Denise De Micheli, Maria Lucia Oliveira de Souza Formigoni, Ana Paula Leal Carneiro

Intervenção Breve: princípios básicos e aplicação passo a passo

benefício que ele traz, ou seja, a relação custo-benefício dos tratamentos mais intensivos justifica a procura por novas formas de tratamento menos custosas, como as intervenções breves. O termo Intervenção Breve refere-se a uma estratégia de atendimento com tempo limitado, cujo foco é a mudança de comportamento do paciente. A IB, em geral, está relacionada à prevenção secundária, tendo como objetivo identificar a presença de um problema, motivar o indivíduo para a mudança de comportamento e sugerir estratégias para que essa mudança possa acontecer, podendo ser utilizada para:  Prevenir ou reduzir o consumo abusivo de álcool e/ou outras drogas, bem como os problemas associados;  Orientar, de modo focal e objetivo, sobre os efeitos e consequências relacionados ao consumo abusivo.

  Prevenção primária: no caso de uso abusivo de substâncias, refere-se à intervenção junto à população antes da existência do primeiro contato com a droga; seu objetivo é impedir ou retardar o início do consumo de drogas.
 Prevenção secundária: intervenção realizada quando já existe uso da droga; seu objetivo é evitar a progressão do consumo e minimizar os prejuízos relacionados ao uso.

A IB pode durar desde cinco minutos, na forma de orientação breve, até 15 a 40 minutos. Por essa razão, ela deve ser FOCAL (com destaque para a problemática principal) e OBJETIVA. De modo geral, indica-se a utilização da IB para indivíduos com uso abusivo ou de risco de álcool ou outras drogas. Casos graves (dependentes) devem ser encaminhados para serviço especializado porque, em geral, esses indivíduos apresentam uma gama enorme de problemas relacionados ao uso de drogas, e uma Intervenção Breve pode não ser capaz de contemplar muitos aspectos, que poderiam ser importantes.

Até a Próxima!

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