ENTENDENDO SOBRE PREVENÇÃO DE RECAÍDA !!!

A Prevenção de Recaídas, portanto, é uma abordagem inerentemente respeitosa e colaborativa que fomenta a autoeficácia do paciente. Em virtude de seu foco em habilidades, a Teoria Cognitivo-comportamental grupal é ideal para pessoas que carecem de habilidades específicas de manejo tanto na relação direta com o uso da droga quanto com o ato de lidar com as circunstâncias de vida que podem desencadear o uso de substâncias. Essa abordagem é flexível, passível de planejamento de acordo com as necessidades individuais, mesmo em formato grupal. Na Prevenção de Recaídas, o terapeuta auxilia o paciente a se responsabilizar por seus atos. O terapeuta é um guia que oferece instrumentos para que o paciente possa, num curto espaço de tempo, se auto-gerenciar. 
Os principais alicerces da Prevenção de Recaídas são:
1.Conscientização do Problema: para mudar, a pessoa precisa reconhecer que o comportamento aditivo representa um problema para sua vida. A Prevenção de Recaída visa a estimular o paciente a perceber como o uso pode afetar negativamente seus relacionamentos e suas atividades, na qual o terapeuta auxilia o paciente a pesar as vantagens e desvantagens de usar a substância.
2.Treinamento de Habilidades: uma vez reconhecido o problema, a Prevenção de Recaída trabalha com estratégias para lidar com as situações de risco frente à substância. Faz-se uma avaliação das capacidades do indivíduo e, aquelas que necessitam ser melhoradas, são então trabalhadas.a pensa em alternativas para lidar com as situações de risco e treina, muitas vezes até mediante dramatização como será na prática.
3. Mudança nos hábitos de vida: o paciente é convidado a pensar na sua rotina de vida quando fazia uso frequente da substância e imaginar o dia ideal, sem o uso. A proposta é que, uma vez a pessoa parando de usar drogas ou álcool, ela tenha um tempo livre no dia e possa ocupá-lo de forma balanceada, entre querer (hobbies) e dever (uma profissão, por exemplo). A pessoa pode pensar em substituir as "adições” negativas pelas positivas (por exemplo, esporte)
 AGENDA DE ATIVIDADES( objetivos e atividades propostas)
 Feedback motivacional individual:O foco recai na exploração dos prós e contras de alterar o comportamento de uso de substâncias. O objetivo é avaliar a motivação e encorajar os membros a desenvolverem sua própria estrutura motivacional para a mudança de comportamento
 Apresentação das situações de risco:O objetivo dessa sessão é auxiliar o paciente a identificar, com tantos detalhes quanto for possível, as situações nas quais ele fica mais vulnerável, em situação de risco para o uso da substância. Uma das atividades propostas é a da descrição da última recaída  Identificando antecedentes e consequências do uso da substância: O que estava pensando, sentindo e fazendo antes, durante e depois do consumo.
Manejo das situações de alto risco :Nessa sessão, novamente propõe-se a discussão sobre as situações de risco. O foco dessa sessão é que o paciente possa identificar que o risco pode estar associado tanto a determinantes internos (psicológicos - sentimentos de frustração, raiva, alegria) como a fatores externos (ambientais-ausência de habilidades para resolver alguma situação)
 Manejo dos impulsos e pensamentos sobre álcool/drogas:O foco dessa sessão é o desenvolvimento de estratégias para identificação precoce dos precursores do uso da substância e o planejamento de métodos para lidar com os impulsos e pensamentos. Assim, pretende-se conhecer o repertório comportamental dos pacientes, ampliando-o com estratégias mais funcionais. A ideia, nessa sessão, é conhecer como os impulsos e fissuras se desenvolvem, e como o paciente, não respondendo da maneira usual aos mesmos (utilizando a substância), podem ceder. 
 Manejo do lapso e/ou recaída:Nessa sessão, procura-se estabelecer uma diferenciação entre lapso e recaída, com o intuito de começar a pensar e desenvolver estratégias de enfrentamento para as situações de risco. Além disso, busca-se evitar as consequências negativas do Efeito da Violação da Abstinência. Crenças sobre a capacidade de ficar ou não abstinente são trabalhadas nesse encontro. 
 Habilidades de iniciar conversações:O foco é o desenvolvimento da habilidade de estabelecer contatos casuais ou íntimos com outras pessoas. Sabe-se que usuários de álcool e drogas, geralmente, têm dificuldades em se socializar, em estabelecer relações positivas, o que pode ser prejudicial ao tratamento.
Habilidade de fazer críticas:Tem como objetivo desenvolver estratégias de comportamentos assertivos no paciente. Observa-se que muitos usuários de substância não têm habilidade em expressar as suas opiniões, quando o fazem, sentimentos de raiva e frustração se encontram presentes e, geralmente, isso ocorre de maneira disfuncional; assim, ensinar o paciente a fazer críticas pode aumentar o seu senso de autoeficácia. 
 Habilidade de receber críticas:O principal objetivo, ao se receber críticas destrutivas ou construtivas, é prevenir o surgimento do conflito e de brigas. A avaliação das crenças e dos sentimentos de autoeficácia e autoestima dos pacientes devem ser trabalhados. Trabalha-se com a noção de que sempre é possível que um comportamento ou uma interpretação alternativa possa emergir da situação. Assim, mudar as respostas automáticas às criticas ou mesmo a natureza da crítica, pode auxiliar o paciente e as outras pessoas que o cercam a se comunicarem de maneira mais efetiva.
 Habilidade de recusar bebidas/drogas:Pensar em situações nas quais outras pessoas oferecem bebidas/drogas, com o objetivo de identificar formas de recusar essa oferta, evitando um lapso e/ou recaída. Consistem as principais atividades desenvolvidas no trabalho em grupo.
 Manejo da raiva:Nessa sessão, possibilita-se a identificação de situações nas quais o sentimento de raiva vem a tona e pensar em estratégias de manejo das reações de raiva. Técnicas de relaxamento, leitura de cartão de enfrentamento e encenações são atividades fundamentais para o manejo da raiva.
 Aumento de atividades agradáveis:Nessa sessão, os pacientes são auxiliados a começar a identificar e cada vez mais se envolver em atividades agradáveis, que possam oferecer um substituto prazeroso para o uso da substância. Há, então, um processo de estimular o compromisso dos membros para que comecem a se envolver nessas atividades prazerosas de forma planejada durante o restante do tratamento. 
 Desenvolvimento de redes de apoio: Nossa sessão, tem-se como objetivo pensar em estratégias que objetivam reconstituir velhas amizades não focadas em drogas. Busca-se ampliar a rede social do paciente, especialmente com não-usuários de drogas. Além disso, reparar relações familiares prejudicadas e estabelecer relacionamentos novos e saudáveis são estimulados neste trabalho.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

DICAS DE PREVENÇÃO AS DROGAS!!!

II Fórum de Controle da Dependência Química da cidade de Campina Grande – PB.

PROMOVENDO DIGNIDADE !