USO, ABUSO E DEPENDENCIA

O uso se refere a qualquer consumo, enquanto o abuso depreende do uso nocivo associado a algum tipo de problema. Assim, se dá a dependência, isso é, consumo sem controle e problemas reais de saúde Estes conceitos passam uma idéia de continuidade, como uma evolução progressiva entre esses níveis de consumo: os indivíduos passariam, inicialmente, por uma fase de uso, alguns deles evoluiriam posteriormente para o estágio de abuso e, finalmente, alguns destes últimos tomar-se-iam dependentes. Nem todo uso ou abuso progride para a dependência, uma vez que não existe uma fronteira clara entre uso, abuso e dependência. O uso precoce tende a gerar problemas futuros mais sérios, todavia, não existe fator que determine se as pessoas se tornarão dependentes.
Torna-se imprescindível analisar as características do dependente a partir de uma visão empírica. Em uma primeira analise, percebe-se que o usuário usa a droga de forma frequente e exagerada, com prejuízos para os vínculos afetivos e sociais, não conseguindo parar quando quer. É um indivíduo para quem a droga passou a desempenhar um papel central na sua organização, ocupando lacunas importantes e se tornando, assim, indispensável ao funcionamento psíquico daquele indivíduo.
A dependência química torna os usuários impotentes perante adicção e com dificuldade de assumir que suas vidas estão incontroláveis, culpando pessoas, lugares e coisas pela própria adicção. Os mesmos negam seus problemas e sentimentos, a sua compulsão pela droga, a perda de controle sobre o uso e o uso contínuo, apesar das consequências adversas.
É valido, também, compreender a personalidade do dependente, respondendo a seguinte pergunta: como são os usuários de drogas dependentes na ativa do uso? O dependente de drogas se encontra diante de uma realidade de vida insuportável, realidade essa que não consegue modificar e da qual não pode se esquivar, restando-lhe como única alternativa a alteração da percepção dessa realidade. Se tivermos em mente que a relação de dependência com a droga é a única alternativa que restou para o usuário de drogas, toma-se compreensível que o comportamento de se drogar efetive-se através de um ato impulsivo. Não se trata, portanto, do desejo de consumir drogas, mas da impossibilidade de não as consumi-las

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