AS CINCO FASES DA CO-DEPENDENCIA

É incrível o quanto a vida pode nos ensinar. Quanto mais vivemos 
mais aprendemos. Não abstante muitos viverem a reclamar de suas 
situações presentes, não há nenhuma pessoa, cuja saúde mental esteja 
perfeita, que seja um candidato a morrer neste instante. Isso significa 
que, apesar das dores, a vida é extremamente maravilhosa, 
principalmente por ser ela a essência de Deus em nós.
 É exatamente esta essência que não queremos nem podemos perder, 
pois é ela que nos dá o desejo de permanecermos aqui neste pequeno 
lapso de tempo que nos é dado. Gwendolyn Brooks escreveu: “viva 
intensamente cada instante. Logo ele se vai. E , seja dor ou riqueza, não 
voltara outra vez em idêntico disfarce” Uma coisa porém não podemos 
negar a vida é uma vida de dores, nascemos e vivemos sob o “signo” da 
dor, as vezes muito mais de alma física, e se tem algo com o qual não 
sabemos conviver é com a dor, sempre que a sentimos queremos nos 
livrar Dela imediatamente, é a síndrome do “doril”, do alívio imediato, 
mas quase sempre a dor tem um início, um ápice( quando a dor se 
aprofunda intensamente ), para então chegar ao fim.
 O relacionamento entre a família e o dependente é uma relação 
extremamente dolorosa. A família sente as dores do fracasso, da 
vergonha e do preconceito. Sente-se as vezes traída por quem eles 
amarem intensamente, se sua parte o dependente sente as mesmas 
dores. E ambos buscam um meio eficaz de fugir desta.
 A primeira fuga da família vem através da negação, ela tem certeza 
que todos os filhos dos vizinhos tem problemas menos o seu, ( cuidado as vezes o melhor jeito é conseguir um inimigo é dizendo aos pais que 
seu filho esta com problemas de envolvimento com drogas); superada a 
fase da negação e a realidade vindo à tona refugiam-se então no “circo” 
do desespero, afinal eles poderiam imaginar tudo menos ter um filho 
dependente de drogas. Na fase a tendência por parte da família é de 
agressividade e muitas cobranças.
 A fase seguinte é a barganha. Tentam de tudo para mostrar ao filho 
que são os melhores pais do mundo, oferecem normalmente o que 
poderiam cumprir, como viagens (de preferência para outros estados ou 
até mesmos fora do país), carro, dinheiro, mudam o filho de escola, etc. 
Quando nada disso adianta e infelizmente é o que normalmente 
acontece, vem então a terceira fase que é a da depressão. Uma angustia 
muito profunda, muitas emoções negativas, uma fase que atinge em 
cheio o dependente e pode causar certa descompensação levando o 
adicto a pensar na possibilidade de tratamento ou o que é mais 
provável levá-lo ainda mais para o fundo do poço.
 A ira pode se manifestar de duas maneiras. A primeira é que 
podemos estar com muita raiva sem o saber. Os pais as vezes ficam 
profundamente ressentidos com os filhos, mas disfarçam esse 
ressentimento dando-lhes carinho excessivo e agindo com uma sensatez 
disciplinada. Afirmação do tipo: “nós o amamos como você é”pode na 
realidade esconder decepção e raiva.
 O outro aspecto é: como os pais acham que já fizeram tudo que lhes 
era possível, partem então para liberar sua agressividade contra o 
dependente químico. Lembro-me de um jovem de 19 anos que chegou 
em nosso escritório para o Tratamento com vários pontos cirúrgicos na 
cabeça, por ter levado uma pancada de seu pai com um pedaço de 
caibro.
 Somente quando a família percebe que nada disso resolve é que vem a 
ultima fase que é a da aceitação. Este é o momento do Tratamento para 
o dependente e família. É quando conseguimos encarar o adicto como 
doente e a dependência como uma doença e paremos de vê-los como 
um delinqüente como também a nossa sociedade o vê. Entender sua 
condição e necessidade de ajuda, para sair desta e, principalmente, 
entender que ele entrou nessa, não por que a família é pior ou melhor, 
mas sim, porque ele quis esta condição de adicto. De uma forma ou 
outra foi ele quem procurou e isto por um motivo muito simples ele 
também necessita de alivio para suas dores e foi na droga que ele 
alcançou seu alvo. Numa sociedade adicta e de soluções prontas como a 
que vivemos, a droga seja legal ou ilegal, será cada vez mais uma 
necessidade de cada um de nós. É certo que Deus não se agrada com nosso sofrimento, nem quer 
que vivemos a sofrer, mas desde que o ser humano entrou nessa 
decadência; reafirmo, a vida tornou-se em dor e qualquer busca por 
alivio imediato será apenas um paliativo às vezes perigoso e 
inconseqüente. Mas não tenha dúvidas que sua dor está chegando ao 
fim, pelo menos no que diz respeito à dor da dependência, basta você 
saber fazer o adicto assumir suas responsabilidades e nós como família 
aceitar a dependência como uma doença a as drogas como uma 
ocorrência, infelizmente, normal em nossa sociedade atual. E, acima de 
tudo, aprender a VIVER E DEIXAR VIVER.
 E nós da Central de Internações entendemos que é necessária a 
família agir o mais rápido possível, muitos dizem; vou esperar ele (a) 
usar novamente, ou entrar em crise, para tomar a decisão de 
internação, meu conselho, não espere, pode ser tarde demais, a 
Internação Representa uma nova chance de Vida ao usuário.
 A lei nº 6.368 Artigo 10 diz “O Tratamento sob regime de Internação 
Hospitalar será obrigatório quando o quadro clínico do dependente ou a 
natureza de suas manifestações psicopatológicas assim o exigirem”.
 Por isso é que colocamos o que é de melhor no Tratamento para seu 
familiar, uma programação terapêutica inédita, profissionais 
capacitadas, a fim de ajudar a devolver a sanidade ao dependente, 
procurando incentivá-lo a permanecer e aceitar o Tratamento.
 Mas você pode dizer: ele não aceita ser internado; o que faço? Ligue 
para nós, vamos buscá-lo, você pergunta, mas tem Lei que permite 
isto?...Sim, Lei nº10216 de 6/04/2001 Anvisa, estamos prontos para 
ajudar, nossa missão é esta Salvar Vidas, não deixe para depois, 
amanha pode ser tarde demais.

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