Sensação de prazer pode custar caro!

Algumas substâncias são consideradas pela população como "mais pesadas", outros são conhecidas popularmente como "mais leves". Mas a verdade é que tanto o álcool, como maconha, cigarro, cocaína, ecstasy, crack e uma pluralidade de entorpecentes são drogas psicoativas. Os usuários geralmente ligam o consumo à sensação de prazer, relaxamento, euforia. Porém, há aqueles consumidores que, mesmo tendo experimentado tais substâncias, aconselham as pessoas a tomarem distância delas.

O artista paraibano José Fabrício (nome fictício), hoje com 45 anos, afirma que a experiência com maconha na juventude foi apenas uma forma de ajudar a "fluir as criações artísticas. Sou uma pessoa mais recatada e ficava com a minha sensibilidade mais aberta. A maconha exagera as sensações tanto negativas como positivas. Se temos medo de algo, esse medo fica maior quando usamos maconha. Se estamos compondo uma música, a sensibilidade para isto também aumenta", explica.

Ele conta também que foi usuário dos 27 aos 35 anos "sem nenhum dano à saúde, nem dependência. Não usava direto, apenas consumia esporadicamente. No meu caso, o problema foi o círculo vicioso que a droga trouxe em termos de companhias. Muitas vezes eu tinha que ir até a "boca de fumo" ou entrar em contato com pessoas "barra pesada" para conseguir a maconha. Aconselho os jovens a nunca entrarem nessa", destaca.

A empresária M.M.P., de 31 anos, diz nunca ter consumido drogas como cocaína, maconha, ecstasy, ou crack. Mas, se julga incapaz de se divertir sem "encher a cara". Assim, aos 19 anos, experimentou lança-perfume e loló. Hoje, ela não dispensa uma farra com substancial quantidade de álcool.

"Reconheço que bebo o que geralmente muito homem nem consegue beber", admite. Para justificar a afirmação, ela exemplifica falando sobre os limites máximos para se "encharcar". "Em uma farrinha básica, tomo tranqüilamente até duas garrafas de Martini. Se não, posso consumir até meia garrafa de uísque sozinha. Caso não tenha essas bebidas, posso encarar até umas 12 latinhas de cerveja. Mas, a pinga não tomo pura, só tomo se for intercalada com outra bebida", diz.

Quando questionada por qual motivo ela é tão adepta ao álcool, ela chega a brincar com a situação. "Eu bebo pra esquecer meus probrema. Ó, meu pai!", diz, fazendo referência a uma música brega popular. "Bebo para me animar. Não consigo me divertir sem beber", fala depois, com ar mais sério.

A psicóloga R.L., de 29 anos, diz que também é adepta ao lança-perfume quando vai a eventos como os carnavais fora-de-época. "Experimentei pela primeira vez inalantes como o loló e o lança quando tinha apenas 17 anos. Até hoje faço consumo deles quando vou a carnavais fora-de-época. Também sou chegada a muito álcool. Consigo ingerir até oito doses de uísque em uma simples farra com os amigos. Divertir sem beber é complicado", afirma.

E MAIS

O preço da sensação de prazer fugaz trazida pela droga varia bastante no mercado "negro" paraibano. O ecstasy, por exemplo, é tido como de elite. Cada comprimido sai por uma média de pelo menos R$ 50. Já o crack (derivado da cocaína) é considerado uma das substâncias psico ativas de preço mais popular. Antes ele era chamado de "cocaína dos pobres". Cada pedra é comercializada por R$ 10. Enquanto isso, a cocaína em forma de pó é traficada por um valor de R$ 30 cada grama. A maconha chega a R$ 2 cada cigarro, que pode conter de um a dois gramas da droga.

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