Para reflexão

As drogas integram o universo fantasmagórico (mortes, assassinatos, corrupção, prostituição, delinquência, sequestros, assaltos, estresse, depressão, loucura, fobias, marginalização, pobreza, desigualdades sociais, apatia, consumo, fluidez, sexo, pornografia, poluição, planeta em risco, perda de sentido...) contemporâneo e invade, velozmente, todas as classes sociais. Seu uso não está mais só ligado a grupos em via marginal de existência, mas a uma ampla gama de sujeitos sociais em contextos e condições diversas, como escolha, desejo, fuga, diversão, perversão, nirvana, delírio, frustação, loucura...

Seu uso alarmante e sua condição de provocar tragédias como resultado de seu uso, tem colocado em xeque a nossa condição de existir e administrar nossas próprias escolhas colocando em risco e/ou em alerta e/ou medo, boa parcela da sociedade, que se ver tomada pelo sombrio caminho daqueles que escolhem a droga como parceira. Por essa condição, obriga-nos à reflexão em torno de como o uso das drogas, a cada dia maior, torna-se um problema social, estando muito além do usuário e de sua rede relacional.

Nesse sentido, é necessário que haja uma ampla conscientização em torno dos problemas relacionados às drogas e que se busque valorizar mais a vida. Essa condição é ainda mais imperiosa considerando-se o momento atual de nossas vidas, marcadas por uma avassaladora busca pelas realizações pessoais e materiais; pela invasão da publicidade danosa e o culto ao desperdício, que leva à decomposição do sujeito em objeto-objetado, e à perda da noção de homem e de humanidade.

Também é plausível colocar em xeque a nossa própria de condição de amar, se considerarmos que o interesse individual suplanta o sentido de conjunto, além da nossa  inconteste condição de pouco pensar acerca da compexidade da existência, em um planeta já tão devastado por desejos e projetos mesquinhos e particulares.

Nesta perspectiva, de que resulta a busca pelo uso de drogas? Fica aqui a indagação.