Drogas: a quem interressa esse assunto?

As drogas são mais que um fenômeno individual, não relativo apenas às drogas ilícitas, como pensam alguns. Na arena da licitude residem drogas como o álcool, socialmente aceitas e igualmente pulverizadas enquanto consumo das diversas classes sociais, convertendo-se em elemento dos novos estilos de vida no âmbito do lazer, da diversão e de "novas sociabilidades massivas" a propósito de seu consumo excessivo em shows, baladas e na "ingênua e habitual" frequência aos bares e boates do fim de semana.

Nesses espaços é comum o aglomerado constante e crescente de jovens, que encontram na bebida alcoólica os ingredientes para a sua diversão e liberdade, bem como a porta de acesso a outras drogas. Seu efeito se potencializa e seus riscos aumentam, vertiginosa, veloz e perigosamente, saltando da condição de desejo, de uma simples "prova", de um primeiro contato até o uso compulsivo, ao caminho devastador que as drogas operam.
 
Na convivência das imagens alimentadas pela grande mídia e com a força esmagadora dos grandes fabricantes desse produto, nasce uma nova ordem de vida: a utilização das drogas, com frequência, para comemorar quaisquer acontecimentos. Desse modo, as drogas vão se consolidando como preferência entre os mais jovens, sendo muitos aqueles que por ela vão sendo governados, infelizmente.

Nesse tipo de governo (vício/dependência) não há regras nem limites, às vezes não há caminho de volta. Uma vez nas drogas, os valores se esgotam: morais, éticos, religiosos, familiares... O descompasso entre o prazer que supostamente pode trazer para alguns e o limiar da loucura que se torna na vida de muitos (dos dependentes e de seus familiares) não compensa quaisquer supostos benefícios: são um engano, uma perturbação, um fantasma, uma alucinação.

Para aqueles que creem nas drogas como aliada, saibam que se trata de uma droga (algo imprestável, ruim, danoso, maléfico). Não há nelas nada de romântico, de maravilhoso, de espetacular, de valioso, de ventura, por algumas razões, bem simples:
1. Decompõem a vida e desprezam a sua preservação;
2. Negam a condição de liberdade e ignoram a condição de pessoa;
3. Causam dependência, doença, sofrimento, penúria e morte;
4. Produzem loucos e loucuras, tolhem e roubam sonhos: de filhos e filhas, de pais e mães, de tios e tias, de avôs e avós, de netos e netas, de esposos e esposas - perdem-se gerações inteiras, física e mentalmente;
5. Aniquilam esperanças de quem deseja ver o riso inocente das crianças na perdurança da vida que deve continuar livre e sã, para continuar sendo vida e gerar tantas outras;
6. Tornam o futuro incerto e negro por desencorajarem a atitude positiva de viver.

Drogas, por que desejá-las se contrariam elas as leis da vida e da existência? Drogas, trata-se de uma questão de escolha? Trata-se de um momento existencial cujos valores relativos à vida são tão vagos e difusos que os sujeitos não mais se interessam por si? Ou será que não mais nos interessamos pelo outro? Ou ainda, quais os valores que nos guiam?

Decerto, diremos que não temos respostas, ou, até mesmo, nem queiramos pensar acerca dessas questões, ou nem mesmo respondê-las, pois não nos interessam.  Mas, pensemos: acaso fosse seu filho um dependente, essas questões fariam diferença? Quem sabe nessa condição seu interesse sobre essas questões e suas respostas fossem outras.

Eis aqui o ponto para reflexão: começar a mudar de atitude pode ser um bom começo!

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