Pense em Deus
DEUS
Há uma luz que
fulgura, lá no alto, num céu de imensidão azul, límpido e resplandecente, num
espetáculo divino, sem igual, onde a sobrenaturalidade reside – intensamente –
vívida, translúcida e multicolorida, ao mesmo tempo, única e magistral.
Há uma aurora
que ilumina as manhãs; um sol que derrete a melancolia, a frieza de dias
tempestuosos, a agonia dos aflitos, a cura dos adoecidos e dos pobres de
coração.
Há uma via: de
retidão, justiça e benignidade; verdade, honra, perdão e beleza, colocada às
mãos dos homens, que desejam ser de outra forma, que desejam transformar para
melhor tudo o que pode ser melhorado, para conferir à vida e ao espírito humano
mais longanimidade.
Há uma razão,
para sonhar, erguer-se e levantar-se, porque há a promessa de um caminho manso,
farto e oportuno para encontrar a felicidade - o plano superior, a todos
prometido, se premissas básicas forem cumpridas pelos humanos, a exemplo da
bondade, da fé e da comunhão.
Há uma porta,
um templo, um profeta, um conjunto de profecias; um conjunto de boas novas além
do que pode imaginar a vã filosofia dos homens, tantas vezes teimosos e
inconseqüentes, por não conhecerem a verdade.
Há um Deus!
Um Deus que
rege as manhãs, as marés, os barcos, os navios, os pescadores, o ritmo e a dança
dos peixes, a imersão/emersão das baleias, o canto dos golfinhos, que rompem as
profundezas dos oceanos e a força das ondas, para mostrar a sua beleza e a
força da criação.
Um Deus que
rege o véu cadente da queda das cachoeiras na mais intocada floresta; que rege o
ritmo dos dias e noites, a queda da folha da aroeira, da palmeira, da figueira,
e as folhas de nossas vidas, e a vivacidade de nossos espíritos, e nossa
inquietude na busca de paz.
Um Deus que
rege a cor e o néctar das flores, das rosas, o sabor das uvas e das maçãs, o
cheiro das manhãs - quando a chuva cai nutrindo o chão - , e a textura das
avelãs.
Um Deus que
contorna o arco-íris e as cores da natureza, que confere beleza a tudo que
existe, desde o minúsculo grão de areia a mais bela criatura; um Deus que
abraça nossos sonhos: sonhos de dias melhores, de corações brandos, de novos
homens, de renovados viventes.
Um Deus no
trono da vida, regendo os ritmos dos dias e das noites, o canto dos sabiás, dos
rouxinóis; regendo o caminhar das emas, dos elefantes; o caminhar dos andantes,
dos andarilhos, dos transeuntes; o regenerador dos aflitos, dos desesperados; o
regente da diáspora dos pássaros oceânicos, do primeiro vôo da gaivota que
rompe o medo ao planar pela primeira vez, do primeiro passo de uma criança ao
sair do colo da mãe, e vê o mundo, e se encanta.
Um Deus que
protege a mata, os rios, a foz, a casca, a noz, a cachoeira, o albatroz, e a
nós, humanos, por misericórdia e razão de seu amor e sabedoria infinitos, de
forma tão intensa e magistral, que só sua divindade superior digna-se a conceder-nos
de tal forma, gratuita e universal, transcendentalmente.
Um Deus que originou
a terra, a semente-grão, o agricultor [e sua enxada], o trigo e o pão, e
consentiu-nos a mesa onde partilhamos o alimento que ele nos ofereceu.
Um Deus que
nos chama à mesa para a comunhão, a conversão, o perdão, o sentido da justiça e
da libertação, pedindo-nos, apenas, zelo por sua santa palavra e sabedoria.
Um Deus que
promove a vida, traduzida no bebê na barriga da mãe, nascença e pintura
primeira, que viceja, a cada nova vida que ELE gera.
O bebê como
prova da perfeição de Deus, como prova de renovação, conferida aos humanos,
para que eles tenham a certeza de sua bem aventurada presença e amor,
incondicional, por cada um de nós.
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