Fundação Mundial do Pulmão divulga relatório
Constata-se uma grande
ênfase acerca das drogas ilícitas como a maconha, a cocaína e o crack, sobretudo
no âmbito do conhecimento geral da população, ficando em condição de “aceitação
passiva” as questões acerca do uso do cigarro, embora muito se tenha avançado
nas leis de impedimento de seu uso e de sua restrição no âmbito das ações do
estado mediante movimentação das pessoas em torno do direito de exigir um
ambiente livre de cigarro.
O tabagismo é uma
prática danosa e precisa ser discutida como grave problema social e de saúde
pública. Nos últimos anos foram intensificadas as campanhas antitabagismo em
todo o mundo, mas não têm conseguido impedir que vidas sejam ceifadas e a
produção encerrada. É um problema de proporções globais, e avança muito
rapidamente como epidemia em muitos continentes.
Uma importante publicação acerca
do tabaco foi divulgada nesta última quarta-feira (21/03), pela Fundação
Mundial do Pulmão, e está sendo destaque em diversos jornais de todo o país.
Entre estes o Estadão, cuja matéria está reproduzida a seguir. Leia e se informe.
Fundação Mundial do Pulmão afirma que
companhias criam obstáculos para o combate ao fumo
Reuters
LONDRES - As mortes relacionadas ao tabaco praticamente triplicaram na última década e as grades empresas estão criando obstáculos para esforços públicos que poderiam reduzir este índice, informou a Fundação Mundial do Pulmão em um relatório divulgado nesta quarta-feira, 21.
Arquivo/AE
Tabaco matou 50 milhões de pessoas nos
últimos 10 anos, informa o relatório
No documento, que celebra o 10º aniversário do seu primeiro Atlas do Tabaco,
a fundação e a Sociedade Americana do Câncer afirmaram que, se continuarem as
tendências atuais, um bilhão de pessoas morrerão somente neste século por causa
do consumo de tabaco e da exposição e ele - o que corresponde a uma pessoa a
cada seis segundos.
O tabaco matou 50 milhões de pessoas nos últimos dez anos e é responsável por mais de 15% de todas as mortes de homens adultos e por 7% das mulheres, segundo dados do novo Atlas do Tabaco. Na China, o fumo é a principal causa de morte, com 1,2 milhões ao ano, o que deve piorar ainda mais em 2030, o índice subirá a 3,5 milhões de pessoas ao ano.
Michael Eriksen, um dos autores do relatório, afirma que se não houver ações, o futuro reservará projeções ainda piores. "O número de pessoas que morrem por causa do tabaco está crescendo em países em zonas de desenvolvimento, particularmente na Ásia, na África e no Oriente Médio", detalhou.
Quase 80% das pessoas que morrem de doenças relativas ao fumo são de países onde há grande quantidade de população de baixa renda. Na Turquia, 38% das mortes de homens adultos decorre por causa do cigarro, embora o tabaco também seja a principal causa de morte entre as mulheres nos Estados Unidos.
O presidente-executivo da Fundação Mundial do Pulmão, Peter Baldini, acusou a indústria do tabaco de aproveitar a ignorância sobre o verdadeiro efeito do produto e a "desinformação para minar as políticas de saúdes que poderiam salvar milhões de vida".
Segundo o relatório, a indústria intensificou sua luta contra as políticas antitabaco, movendo ações legais e atrasando ou detendo a introdução de maços sem rótulos, a proibição do consumo do cigarro em lugares públicos, a proibição da publicidade e as advertências sanitárias nos pacotes dos produtos.
As seis principais fabricantes de produtos de tabaco do mundo tiveram lucros de US$ 35,1 bilhões em 2010, o equivalente ao faturamento da Coca-Cola, da Microsoft e do McDonald's juntos, de acordo com o Atlas.
Mais de 170 países assinaram um pacto de 2003 da Organização Mundial da Saúde (OMS) se comprometendo a reduzir as taxas de fumantes, limitar a exposição dos fumantes passivos e frear a publicidade e a promoção de produtos de tabaco.
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